Viveiro Ambiental utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência de acordo com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso, e ao continuar navegando você concorda com estas condições.
Descrição

Corymbia citriodora, conhecido pelos nomes comuns de eucalipto-cidróeucalipto-limão ou eucalipto-cheiroso, é uma espécie pertencente ao grupo dos eucaliptos caracterizados por produzir árvores de médio a grande porte, ocasionalmente podendo atingir 35-50 metros de altura e 1,2 metro de diâmetro à altura do peito, com excelente forma do tronco e folhagem rala. A espécie tem distribuição natural nas regiões de clima temperado e subtropical do nordeste da Austrália. O epíteto específico citriodora deriva do latim citriodorus, que significa odor a limão.

Corymbia citriodora apresenta ritidoma suave, de coloração uniforme ou ligeramente manchado, esbranquiçado a acobreado no verão. A casca é lisa ao longo da altura da árvore, por vezes com aspecto pulverulento e com tiras muito finas e encaracoladas.3

A copa é conspícua. com folhas estreitas e com uma forte fragrância a essência de limão. As gemas, em forma de pêra, surgem em grupos de três na axila de cada folha. Os frutos são cápsulas em forma de urna. A floração ocorre na primavera e verão. Corymbia citriodora apresenta um lignotuber.

A espécie prefere solos ligeiramente francos e limosos, em bosques esclerófilos e encostas.

As duas principais áreas de ocorrência são em Queensland, em grande extensão de Maryborough até Mackay. É limitada pelas cadeias montanhosas e secas de Atherton, Herberton e Mount Garnet. Entre as duas principais áreas de ocorrência, aparece de maneira dispersa. A latitude da área do Norte esta entre 16º 45’ e 20º 30’ S, com altitudes de 450 a 1000 m. Nas áreas do Sul as latitudes são 22º 45’ e 26º S, e as altitudes de 70 a 400 m. O clima e quente e úmido a subúmido. Há variação na temperatura conforme a área de ocorrência desde alta precipitação, perto da costa em Bundaberg nas redondezas de Atherton, para seca me áreas isoladas. A média da temperatura máxima no mês mais quente esta entre 30º e 32 °C, e a média da temperatura mínima no mês mais frio esta entre 9º e 12 °C, mas nas áreas isoladas podem ocorrer respectivamente 34º a 36 °C, e 5º e 10 °C. Pode ocorrer geadas nas maiores altitudes. A precipitação varia de 650 a 1600 mm com predomínio no verão. O final do inverno e a primavera são secos. Tolera uma ampla variação de solos que vão dos podzólicos à areia quartzosa nos vales.

É de floresta aberta alta e as principais espécies associadas nas áreas do norte são Eucaliptus cloezianaE. polycarpaE. drepanophylla e E. trachyphloia. Nas áreas do sul são E. crebraE. fibrosaE. cloezianaE. acmenoidesE. polycarpaE. blaxsomei eAngophora costata. Densidade básica = Db = 1,010 g/cm3.

A madeira é muito utilizada para: construções, estruturas, caixotaria, postes, dormentes, mourões, lenha e carvão.

No Estado de São Paulo a espécie apresenta susceptibilidade à geadas, boa resistência à deficiências hídrica. Em solos pobres pode haver alta incidência de bifurcações ligadas a deficiências nutricionais (principalmente boro) ; regenera-se muito bem por brotações das cepas.

Em função das característica básicas da espécie e dos resultados obtidos em São Paulo, deve-se sempre considerar as geadas severas como fator limitante.

A espécie é considerada uma importante essência florestal, utilizada para a produção de madeira etrutural e para produzir mel. Também é popular em horticultura tanto dentro como fora da Austrália.

O óleo essencial do "eucalipto-limão" contém citronelala (80%), produzido principalmente no Brasil e China. É utilizado como repelente de insetos e em perfumaria. Contudo, investigação recente demonstrou que não é muito efetivo como repelente de insectos, mas foi demonstrado o seu efeito contra os mosquitos é similar ao dos repelentes contendo baixas concentrações de dietiltoluamida ou benzamida.

Corymbia citriodora foi descrita por William Jackson Hooker como Eucalyptus citriodora, sendo em 1995 transferida para o género Corymbia por K.D.Hill & L.A.S.Johnson, alteração publicada em Telopea 6(2–3): 388. 1995.

A espécie apresenta razoável diversidade morfológica, o que justifica a abundante sinonímia.